Hele Vejen (2025) Crítica do Filme: Um Thriller Dinamarquês Cru e com Coração

Hele Vejen, um thriller de ação dinamarquês dirigido por Jahfar Muataz, marca uma estreia explosiva do cineasta, mergulhando profundamente no submundo brutal de Copenhague. Lançado em 3 de abril de 2025, o filme acompanha Cairo (Afshin Firouzi), um ex-criminoso reformado que agora atua como conselheiro de saída de gangues, cuja busca por seu sobrinho desaparecido, Hamza, o leva de volta à vida de crimes que jurou abandonar. Disponível para aluguel ou compra na Blockbuster e em streaming no Freecine, o filme recebeu elogios pelas atuações intensas e pelo retrato autêntico da subcultura criminal dinamarquesa, com nota 7.1/10 no IMDb e 5/6 da crítica local.

Baixe o Freecine e assista aos últimos filmes. Você pode assistir a várias séries de filmes, incluindo filmes infantis, filmes de suspense, filmes de ação e comédias. O Freecine tem milhões de filmes esperando você baixar.

Hele Vejen

Resumo da Trama: Um Mergulho Desesperado na Escuridão

Cairo, ex-integrante de gangue que agora ajuda jovens a abandonarem o crime, vê seu passado ressurgir quando seu sobrinho de 16 anos, Hamza (Tarek Zayat), desaparece após se envolver secretamente com a antiga gangue de Cairo. Frustrado com a falta de ação da polícia representada por um detetive cético (Rasmus Hammerich) Cairo pede ajuda a Saddam (Albert Arthur Amiryan), um antigo amigo e líder implacável da gangue. O que começa como uma busca se transforma numa jornada perigosa pelo submundo de Copenhague, forçando Cairo a confrontar seus próprios demônios e instintos violentos. Escrito por Muataz e Babak Vakili, o filme aborda temas como família, culpa e a difícil redenção.

Elenco e Atuações: Cruas e Cativantes

Afshin Firouzi entrega uma atuação marcante como Cairo, interpretando com intensidade brutal um homem dividido entre seus ideais de mudança e um passado violento. Sua capacidade de transmitir dor, fúria e determinação sustenta o filme. Albert Arthur Amiryan brilha como Saddam, exalando carisma e ameaça. Tarek Zayat traz vulnerabilidade juvenil ao papel de Hamza. Os coadjuvantes, como Charlotte Fich (Vicky) e Stephanie León (Cille, namorada de Cairo), oferecem profundidade emocional, embora as cenas de Cille sejam pouco exploradas. O elenco, com diálogos autênticos e atuações matizadas, eleva o filme além dos clichês do gênero gangster.

Direção e Cinematografia: Estilosas, Mas Irregulares

Em sua estreia como diretor de longa-metragem, Jahfar Muataz entrega um thriller visualmente impactante, utilizando uma estética de neons e contrastes fortes para retratar as ruas de Nørrebro. A cinematografia, com uma paleta esverdeada, intensifica o clima de tensão do filme, embora as cenas repetitivas de interrogatório tornem o ritmo lento em certos momentos. As sequências de ação com cortes rápidos brigas, perseguições, explosões são emocionantes, mas às vezes abruptas, prejudicando o arco emocional de Cairo. Comparado a Underverden de Fenar Ahmad, o filme tem menos consistência energética, mas compensa com ousadia visual e trilha sonora eletrônica pulsante que reforça a ambientação.

Temas e Tom: Família, Culpa e Crueza

Hele Vejen aborda temas como redenção, lealdade familiar e o ciclo vicioso da vida criminosa, ambientado no submundo multicultural de Copenhague. A pergunta recorrente “Qual é a cor favorita do seu filho?” destaca o impacto emocional do crime nos laços familiares. O tom mistura ação intensa com drama psicológico, embora o filme aposte fortemente na violência, o que alguns críticos consideraram excessivo. A representação dos imigrantes de segunda geração adiciona uma camada social ao enredo, colocando o filme ao lado de obras como Pusher e Shorta, com uma abordagem ao mesmo tempo inovadora e familiar.

Produção e Trilha Sonora: Autênticas e Imersivas

Produzido pela Forty Five Films, o filme apresenta altos valores de produção, com atenção aos detalhes da cultura de gangues em Copenhague, desde o linguajar até os cenários. A trilha sonora, com batidas eletrônicas e hip-hop, acompanha o ritmo acelerado do filme e sua estética urbana. O design de som nas cenas de ação é imersivo, embora momentos mais calmos não tenham o mesmo impacto. Críticos elogiaram o acabamento visual do filme, mas observaram problemas no ritmo narrativo.

Recepção: Elogios com Reservas

A crítica dinamarquesa elogiou Hele Vejen, com o jornal Politiken chamando-o de “o melhor filme de ação dinamarquês em anos” (5 de 6 corações), enquanto a revista Ekko deu nota máxima (5 de 5) pela execução cuidadosa. No entanto, veículos como o Kulturbunkeren destacaram a repetitividade do enredo e seu potencial não totalmente explorado, oferecendo críticas mistas. O público do IMDb (7.1/10) e do kino.dk (5.6/6) elogiou a história envolvente e as atuações, embora alguns tenham desejado mais tempo de tela para aprofundar os personagens. O final em aberto gerou especulações sobre uma possível continuação.

Pontos Fortes e Fracos

Pontos Fortes:

  • Atuações intensas de Afshin Firouzi e Albert Arthur Amiryan.
  • Cinematografia marcante e ambientação autêntica do mundo das gangues.
  • Temas envolventes de redenção e laços familiares.

Pontos Fracos:

  • Ritmo irregular e cenas de interrogatório repetitivas.
  • Relações pessoais pouco desenvolvidas, especialmente o romance de Cairo.
  • Escalada moral de Cairo acontece de forma abrupta.

Veredito Final: Um Documentário Esportivo Imperdível

Hele Vejen (2025) é um thriller visceral e emocionalmente carregado que destaca o talento promissor de Jahfar Muataz e a força de Afshin Firouzi como protagonista. Apesar de falhas no ritmo e na profundidade dos personagens, sua energia bruta, autenticidade cultural e atuações marcantes o tornam um destaque no subgênero do crime no cinema dinamarquês.

Nota: 7.1/10 estrelas
Onde Assistir: Disponível no Freecine

Posts Similares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *