Hot Milk (2025): Um drama visualmente marcante, mas irregular

Hot Milk (2025), dirigido por Rebecca Lenkiewicz em sua estreia como diretora de longas-metragens, adapta o romance de Deborah Levy de 2016 em um drama onírico sobre co-dependência e libertação. Estrelado por Emma Mackey como Sofia e Fiona Shaw como sua mãe doente, Rose, o filme estreou no 75º Festival Internacional de Cinema de Berlim, competindo pelo Urso de Ouro. Produzido por Film4, HanWay Films e outros, acompanha a jornada de Sofia para se libertar do controle de sua mãe em uma cidade espanhola banhada pelo sol. Críticos elogiam os visuais e a atuação de Shaw, mas criticam o ritmo lento e a narrativa vazia. Postagens no X chamam o filme de “visualmente deslumbrante”, mas com uma narrativa “morna”, com reações mistas ao subplot lésbico.

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Hot Milk

Resumo da trama: Uma dança confusa entre mãe e filha

Gia Shah (Cole), de luto pela morte do marido, embarca em uma viagem de mergulho nos Florida Keys para homenagear suas memórias. Enquanto isso, cocaína do cartel avaliada em milhões, escondida em potes de “chá do Reverend”, afunda na costa, atraindo traficantes liderados por Jareth (Ramey) e Charlotte (Leigh), sob ordens do chefão Leo Reverend (Hanks). Uma tempestade em alusão a Sharknado agita tubarões-brancos agressivos, transformando a busca em um banho de sangue. Gia, pega no meio do conflito, é usada como isca pelos traficantes, que enfrentam ataques de tubarões e traições. A trama, repleta de furos como o comportamento inconsistente dos tubarões, culmina em um clímax “ridículo” com uma piada visual que momentaneamente redime o caos, segundo o Bloody Disgusting. Ainda assim, o ato final “absurdo” frustra, de acordo com o Heaven of Horror.

Elenco e atuações: Shaw brilha, outros tropeçam

Fiona Shaw entrega uma Rose “formidável” e “ranzinza”, misturando sagacidade com negatividade opressiva, roubando cenas com sua natureza mercurial. Emma Mackey impressiona como Sofia, irradiando “inteligência e amargura”, embora seu passado seja pouco desenvolvido. A Ingrid de Vicky Krieps, embora carismática, não tem química com Mackey, tornando o romance entre elas “forçado” e “não merecido”. O Dr. Gomez de Vincent Perez é enigmático, mas pouco desenvolvido. Personagens secundários, como Matty (Yann Gael), parecem supérfluos. Postagens no X elogiam a performance “feroz” de Shaw, mas apontam a dinâmica “sem brilho” entre Sofia e Ingrid.

Direção e cinematografia: Onírica, mas arrastada

Lenkiewicz, conhecida por Colette e Disobedience, cria uma estreia “fragmentada e onírica” com a cinematografia de Nikos Nikolopoulos, capturando a beleza ensolarada de Almería e imagens simbólicas como águas-vivas e referências antropológicas. Filmado na Grécia em agosto de 2023, apesar de alertas, o cenário mediterrâneo evoca um clima “sensual” porém “doentio”. A trilha sonora esparsa, às vezes reduzida a uma única nota, reforça o tom surreal. No entanto, o ritmo “lento” e o roteiro “exagerado” enfraquecem o impacto, afirmando verbalmente o que os visuais já comunicam. Postagens no X elogiam os visuais como “quadros para emoldurar”, mas criticam o fluxo “entorpecido”.

Temas e tom: Libertação em meio à decadência

Hot Milk explora co-dependência, empoderamento feminino e traumas geracionais, com a rebelião de Sofia contra a “tirania da doença” de Rose no centro da trama. O título alude ao vínculo “superaquecido” entre mãe e filha, enquanto águas-vivas e o vestido “amado/decepado” simbolizam perigo e dualidade. O tom é meditativo, mas opressivo, mesclando despertar sensual com decadência psicológica. A possível natureza psicossomática da doença de Rose e a raiva de Sofia agredindo um cachorro acorrentado ou desafiando a mãe destacam as lutas por libertação. Recomendado para maiores de 17 anos por conta de nudez e temas perturbadores, o filme é “intrigante”, mas “clichê”. Postagens no X o consideram “sombrio e bem-humorado”, mas “desfocado”.

Produção e trilha sonora: Ambicioso, mas com falhas

Produzido por Film4, HanWay Films e outros com um orçamento de £4 milhões financiado por créditos fiscais do Reino Unido e da Grécia e capital privado, Hot Milk foi filmado na Grécia. Sua estreia em Berlim 2025 e indicação ao Urso de Ouro geraram expectativa. A trilha sonora sutil reforça o tom onírico, mas carece de impacto. As greves de Hollywood em 2023 atrasaram a pós-produção. A adaptação de Lenkiewicz, embora fiel ao romance de Levy, perde parte do simbolismo exuberante e o final “ridículo” soa “desconectado do tom”. Postagens no X admiram o “esforço artístico”, mas apontam seu apelo de nicho.

Recepção: Mista e polarizadora

Com nota 5.8/10 no IMDb e 37% no Rotten Tomatoes, Hot Milk divide os críticos. O The Guardian elogia a atuação “ranzinza” de Shaw e a adaptação “elusiva”, enquanto High on Films valoriza a dinâmica “explosiva” entre mãe e filha. Já o Flickering Myth chama o filme de “agressivamente entediante” e critica o final “ridículo”, dando nota 2/5. Usuários do Letterboxd avaliam com 3/5, zombando do título (“Rose só pede água!”) e do romance “morno”. O Rotten Tomatoes destaca atuações fortes, mas uma execução “fraca”. Postagens no X vão de “envolvente” (@filmfan88) a “Hot Shit” (@Sam), criticando a narrativa arrastada.

Pontos Fortes e Fracos de Hot Milk

Pontos Fortes:

  • Atuação “excepcional” e mercurial de Fiona Shaw como Rose.
  • Cinematografia mediterrânea deslumbrante e uso de simbolismo visual.
  • Dinâmica complexa entre mãe e filha com toques de humor sombrio.

Pontos Fracos:

  • Ritmo arrastado e roteiro excessivamente verbal.
  • Romance morno entre Sofia e Ingrid, sem química.
  • Narrativa vazia e final “ridículo”.

Veredito final: Um drama artístico, porém com falhas

Hot Milk (2025) é um drama visualmente cativante com uma Fiona Shaw feroz e uma estreia promissora de Rebecca Lenkiewicz, mas o ritmo lento, o romance clichê e a narrativa vazia diluem seu impacto. A dinâmica entre mãe e filha e os visuais ensolarados de Almería se destacam, mas o final “desconectado” e a falta de profundidade dos personagens frustram. Ideal para fãs de cinema de arte e dramas meditativos (maiores de 17 anos), é uma obra intrigante, porém imperfeita. Disponível no Mubi assista pela atuação de Shaw, mas modere as expectativas quanto à coerência.

Nota: 5.8/10 estrelas
Onde Assistir: Disponível no Freecine

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