Mountainhead (2025) Crítica do Filme: Uma Sátira Afiada, Mas Superficial, dos Bilionários da Tecnologia

Mountainhead (2025), dirigido por Jesse Armstrong, é uma comédia dramática satírica que critica a arrogância dos bilionários da tecnologia em um mundo distópico. Estreando na HBO e Max em 31 de maio de 2025, este filme feito para a TV é estrelado por Steve Carell, Jason Schwartzman, Cory Michael Smith e Ramy Youssef. Embora o diálogo afiado e a premissa atual envolvendo caos causado por IA sejam cativantes, a falta de profundidade dos personagens e a sátira exagerada impedem que o filme atinja o brilho de Succession. Esta crítica analisa a trama, atuações, pontos fortes, fracos e a relevância cultural de Mountainhead.

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Resumo da Trama: Uma Distopia Impulsionada pela Tecnologia

Ambientado em uma luxuosa mansão nas montanhas de Utah chamada Mountainhead (inspirada em The Fountainhead, de Ayn Rand), o filme gira em torno de quatro magnatas da tecnologia lidando com uma crise global. Venis Parish (Cory Michael Smith), um CEO arrogante da plataforma de mídia social Traam, enfrenta as consequências de deepfakes gerados por IA que provocam violência e colapso econômico. Jeff Abredazi (Ramy Youssef), um desenvolvedor de IA com consciência moral, possui uma tecnologia de verificação de fatos que poderia conter o caos, mas hesita em vendê-la. Randall Garrett (Steve Carell), um capitalista de risco moribundo obcecado por transumanismo e pela digitalização de sua consciência, e Hugo “Souper” Van Yalk (Jason Schwartzman), criador de um app de meditação com ego frágil, completam o elenco.

O fim de semana do grupo em uma mansão em Park City, Utah, se desenrola com diálogos ácidos, traições e absurdo crescente. O filme transita da comédia sombria para o pastelão na segunda metade, encerrando com uma resolução perturbadora, porém apressada, que ressalta o poder descontrolado dos bilionários.

Pontos Fortes: Atuações Brilhantes e Diálogo Afiado

Mountainhead se destaca pelas atuações e pelo roteiro de Jesse Armstrong. Cory Michael Smith encarna Venis Parish como um CEO à la Elon Musk, mesclando arrogância com fissuras sutis de insegurança. Steve Carell interpreta Randall Garrett com uma mistura de delírio e desespero, especialmente nas cenas sobre imortalidade digital. Jason Schwartzman brilha como o neurótico e carente Hugo, enquanto Ramy Youssef oferece equilíbrio como Jeff, embora seu papel moralizante soe forçado.

O roteiro de Armstrong, que lembra Succession, entrega falas memoráveis como “Pop-Tart glaciado de Palo Alto” e “Gandalf do Dinheiro Sujo”. O cenário único uma mansão de 2.000 m² em Utah cria uma tensão claustrofóbica semelhante à de Dr. Fantástico ou Festim Diabólico. A cinematografia e o design de produção reforçam o tom satírico, tornando a mansão um símbolo de riqueza excessiva.

Pontos Fracos: Personagens Rasos e Sátira Exagerada

Apesar dos pontos fortes, Mountainhead tropeça no desenvolvimento de personagens. Ao contrário de Succession, os bilionários da tecnologia permanecem caricatos e sem evolução. Venis, Randall e Hugo são apresentados como insuportáveis e continuam assim, enquanto o arco de Jeff funciona mais como uma muleta narrativa. Críticos apontam a falta de profundidade psicológica em comparação com os trabalhos anteriores de Armstrong, fazendo com que os personagens pareçam desenhos animados exagerados.

A sátira, embora pertinente, é demasiadamente explícita. A crise de deepfakes gerada por IA remete a problemas reais como a desinformação no Facebook, mas a alegoria carece de sutileza. A segunda metade do filme descamba para o pastelão e a violência, destoando do tom cínico inicial. A conclusão, que expõe o poder dos bilionários, é apressada e emocionalmente vazia.

Recepção: Críticas Polarizadas e Relevância Cultural

Mountainhead tem 79% de aprovação no Rotten Tomatoes com base em 58 críticas, elogiado pelos diálogos e atuações, mas criticado pela superficialidade. No X (ex-Twitter), o público o chama de “brilhante” e “hilário” ao satirizar bilionários da tecnologia, mas também de “enfadonho” e “bobo” por não alcançar a sofisticação de Succession. A relevância cultural do filme está em sua crítica ao caos gerado por IA e às fantasias transumanistas, refletindo os debates de 2025 em torno de Elon Musk e Mark Zuckerberg. No entanto, ao depender tanto de temas atuais, corre o risco de parecer datado, e sua produção apressada (escrito em seis meses, filmado em cinco semanas) se reflete na execução desigual.

Veredito Final: Vale o Stream, Mas Não é um Clássico

Mountainhead (2025) é uma sátira sombria e divertida que ironiza os bilionários da tecnologia com diálogos afiados e grandes atuações de Steve Carell, Jason Schwartzman e Cory Michael Smith. Contudo, seus personagens rasos e a sátira exagerada impedem que atinja a profundidade de Succession. Ideal para fãs de sátiras da HBO ou críticas à indústria tech, é um filme cínico e rápido, ótimo para assistir no Max, mas que não entra para os clássicos do gênero.

Nota: 6.5/10 estrelas
Onde Assistir: Disponível no Freecine

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