Soft Leaves (2025) – Crítica do Filme: Um Comovente Drama de Crescimento
Soft Leaves (2025), um comovente filme de amadurecimento da diretora belga-japonesa Miwako Van Weyenberg, marca uma estreia notável no cinema europeu de arte. Estreando no Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR) 2025, este drama emocional tece uma delicada tapeçaria de identidade, dinâmica familiar e resiliência sob a perspectiva de Yuna (Lill Berteloot), uma garota de 11 anos. Com narrativa minimalista, visuais evocativos e atuações autênticas, Soft Leaves cativa o público que busca um drama familiar sensível. Disponível para streaming na Freecine, este filme é imperdível para fãs de narrativas centradas em personagens e histórias multiculturais.
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Resumo da Trama: Uma História de Perda e Reconexão
Ambientado nas paisagens serenas, porém melancólicas da Bélgica, Soft Leaves acompanha Yuna, uma jovem cuja vida vira de cabeça para baixo quando seu pai, Julien (Geert Van Rampelberg), um dedicado treinador de salto em altura, sofre um acidente trágico e entra em coma. O vínculo próximo entre Yuna e Julien, construído em momentos compartilhados como planejar acampamentos e observar pássaros, é o centro do seu mundo. Esse laço se rompe, forçando Yuna a enfrentar sua mãe japonesa, Aika (Masako Tomita), que retorna após anos de ausência, e sua meia-irmã, Mika (Hana Watanabe), a quem Yuna mal conhece. A narrativa mergulha na identidade cultural, no luto e na reconexão familiar, à medida que Yuna navega por sua herança multicultural e as complexidades emocionais de uma família fragmentada. Com 104 minutos de duração, o filme se desenrola com uma intensidade silenciosa, capturando a jornada de Yuna rumo à compreensão e aceitação.
Pontos Fortes de Soft Leaves
Narrativa Autêntica e Sutil:
A estreia de Van Weyenberg como diretora emprega o conceito japonês de Haragei (comunicação não verbal), construindo uma narrativa minimalista que ressoa através de momentos silenciosos e emocionalmente carregados. O ritmo deliberado do filme, embora lento, imerge o espectador no mundo interior de Yuna desde suas observações silenciosas sobre os hábitos desconhecidos da mãe até os passos hesitantes em direção a um vínculo com Mika. Cenas-chave, como as caminhadas solitárias de Yuna por florestas enevoadas, têm uma qualidade meditativa que amplifica os picos emocionais do filme. Como observa Aurore Engelen da Cineuropa, Soft Leaves é “uma história de amadurecimento fluida e delicada” que encontra beleza no ritmo da vida cotidiana. O passado documental da diretora se revela na autenticidade quase tátil da narrativa.
Atuações Excepcionais:
Lill Berteloot entrega uma atuação cativante como Yuna, incorporando com autenticidade notável a resiliência e vulnerabilidade da infância. Seus olhos expressivos e gestos contidos transmitem uma profundidade emocional que ancora o filme. Geert Van Rampelberg, como Julien, traz calor e empatia a um pai cujo amor por Yuna é evidente em pequenos e ternos gestos, como ensiná-la sobre a migração das aves. Masako Tomita interpreta Aika com uma intensidade silenciosa, cuja postura reservada esconde uma mistura complexa de culpa e saudade. Kaito Defoort, como o irmão mais velho Kai, adiciona sinceridade às dinâmicas familiares, com uma cena de destaque em que seu sorriso tímido com Aika revela um vislumbre de reconciliação. Hana Watanabe, como Mika, traz uma mistura sutil de curiosidade e cautela, enriquecendo a dinâmica entre irmãs. A química do elenco torna os relacionamentos familiares fragmentados, porém esperançosos, profundamente reais.
Fotografia Evocativa e Simbolismo:
O diretor de fotografia Tristan Galand cria cenas visualmente deslumbrantes, mesclando imagens naturais das colinas belgas com interiores hospitalares frios e estéreis. Esse contraste ressalta a jornada emocional de Yuna da liberdade da natureza ao confinamento do luto. A fascinação de Yuna por aves migratórias simboliza sua busca por liberdade e identidade em meio às expectativas culturais e familiares. O motivo recorrente de uma pena flutuando ao vento, embora por vezes excessivo, enriquece a exploração do filme sobre deslocamento cultural e crescimento pessoal. O uso da luz natural e de paletas de cores suaves acentua o tom melancólico e esperançoso do filme, evocando comparações com obras de diretores como Hirokazu Kore-eda.
Pontos a Melhorar
O ritmo lento do filme, embora intencional, pode desafiar espectadores acostumados a narrativas mais ágeis. Algumas cenas como planos prolongados de Yuna olhando pela janela se estendem além do necessário, interrompendo por vezes o fluxo emocional. O roteiro, apesar de geralmente sólido, incorpora clichês comuns como o retorno do pai ou mãe ausente que soam previsíveis para um drama de amadurecimento. Além disso, a cinematografia, embora belíssima, se aproxima bastante do estilo visual típico do cinema flamengo, o que pode parecer repetitivo ou excessivamente familiar para alguns. Críticos também apontaram que o simbolismo visual, especialmente o motivo da ave, pode soar clichê em sua execução, sobretudo no ato final.
Por Que Soft Leaves Ressoa
Soft Leaves se destaca por sua representação honesta das dificuldades da infância e das complexidades familiares. Captura a solidão, confusão e força silenciosa da juventude com sinceridade, especialmente em cenas em que Yuna lida com os costumes japoneses desconhecidos da mãe, como preparar sopa de miso. O foco na identidade multicultural a luta de Yuna para reconciliar sua criação belga com sua herança japonesa ressoa profundamente com o público familiarizado com o deslocamento cultural ou relacionamentos familiares complicados. Pequenos gestos cotidianos, como a tentativa hesitante de Aika em trançar o cabelo de Yuna, sublinham o tema de cura por meio da conexão. Como disse um crítico de forma tocante: “Soft Leaves nos lembra que a cura começa nos menores momentos.” O apelo universal do filme reside em sua capacidade de retratar resiliência e esperança em meio a divisões pessoais e culturais.
Recepção Crítica e Contexto
Desde sua estreia no IFFR 2025 e seu lançamento nos cinemas belgas em 26 de março de 2025, Soft Leaves tem sido aclamado pela crítica por sua narrativa delicada e atuações autênticas, mantendo uma avaliação no IMDb entre 6.8 e 6.9. Críticos elogiaram a direção sutil de Van Weyenberg e a autenticidade emocional do filme, destacando sua “exploração silenciosa, mas poderosa, da família e da identidade” (Variety). No entanto, alguns apontam o ritmo e os visuais convencionais como pequenas falhas, sugerindo que pode não agradar totalmente a quem procura narrativas mais dinâmicas. O foco em dinâmicas familiares multiculturais posiciona o filme como uma contribuição significativa ao cinema europeu de arte, com acordos de distribuição em negociação para mercados na América do Norte e Ásia. A produção, apoiada pela Lunanime e pela japonesa Asahi Broadcasting Corporation, reflete suas ambições interculturais.
Veredito Final
Soft Leaves (2025) é um drama de amadurecimento terno e evocativo que equilibra autenticidade emocional com beleza visual. Apesar de pequenos problemas de ritmo e elementos convencionais, suas atuações poderosas, profundidade cultural e narrativa meditativa fazem dele uma obra marcante. Ideal para fãs de filmes introspectivos, dramas familiares e histórias multiculturais, Soft Leaves é um testemunho do poder das conexões silenciosas e da resiliência do espírito humano
Nota: 4/5 estrelas
Onde Assistir: Disponível no Freecine
